As Cavernas Místicas das Filipinas: Portais para o Mundo dos Diwatas e Ancestrais

As cavernas das Filipinas sempre foram mais do que formações geológicas imponentes. Para os povos indígenas, elas representam portais entre o mundo físico e o espiritual, servindo como santuários para rituais, refúgios para divindades conhecidas como Diwatas e locais de descanso para os ancestrais. Diferente de outras cavernas ao redor do mundo, essas possuem histórias profundamente entrelaçadas com crenças místicas, fenômenos inexplicáveis e um legado espiritual que atravessa séculos.

O Que Torna Essas Cavernas Diferentes de Qualquer Outra no Mundo

A singularidade das cavernas filipinas não está apenas em suas formações naturais, mas na forte conexão espiritual que as envolve. Povos indígenas e místicos locais acreditam que certas cavernas são moradas de entidades invisíveis, onde apenas aqueles com permissão espiritual podem entrar sem sofrer consequências.

Em diversas regiões, exploradores e moradores relatam fenômenos incomuns, como sussurros vindos das profundezas, luzes que flutuam no escuro e mudanças repentinas de temperatura. Muitos desses locais jamais foram totalmente explorados devido ao respeito – ou ao medo – das forças desconhecidas que ali residem.

Além disso, algumas dessas cavernas serviram como esconderijos para guerreiros ancestrais e como templos naturais onde xamãs conduziam cerimônias de invocação. Esse aspecto faz delas não apenas formações geológicas impressionantes, mas verdadeiros registros vivos da cultura espiritual filipina.

Evidências de Rituais Ancestrais Gravadas nas Rochas

As paredes dessas cavernas contam histórias esquecidas. Em diversas regiões do arquipélago, arqueólogos encontraram petróglifos e pinturas rupestres que indicam a realização de rituais há milhares de anos. Algumas dessas imagens representam figuras humanoides cercadas por padrões geométricos, sugerindo práticas de comunicação com seres de outros planos.

Na ilha de Palawan, por exemplo, foram descobertos desenhos rupestres que retratam cenas de oferendas. Especialistas acreditam que esses rituais eram realizados para apaziguar os espíritos e garantir a proteção dos Diwatas.

Além das pinturas, artefatos como jarros cerimoniais, ossadas em posições rituais e instrumentos xamânicos foram encontrados em cavernas sagradas. Esses objetos reforçam a ideia de que, além de serem moradas espirituais, as cavernas eram centros de práticas místicas que influenciavam a vida das antigas civilizações filipinas.

A presença desses registros desafia explicações convencionais e reforça a crença de que as cavernas não são apenas estruturas naturais, mas espaços sagrados onde o mundo visível e o invisível coexistem.

2 Diwatas e Espíritos Ancestrais: Guardiões do Mundo Subterrâneo

Nas profundezas das cavernas filipinas, onde a luz do sol raramente penetra, antigas entidades permanecem atentas. Conhecidos como Diwatas e espíritos ancestrais, esses seres são considerados os verdadeiros guardiões do mundo subterrâneo, protegendo segredos místicos e influenciando a vida daqueles que ousam se aproximar.  

Lendas locais narram encontros inesperados com forças invisíveis, algumas benevolentes, outras implacáveis. Para os povos indígenas, essas presenças não são meras histórias, mas forças reais que moldam o destino de quem demonstra respeito ou descuido diante de seu domínio.  

2.1 Quem São os Diwatas e Como Influenciam o Destino dos Humanos

Os Diwatas são espíritos elementais reverenciados na mitologia filipina. Frequentemente descritos como seres belos e etéreos, habitam cavernas profundas, florestas antigas e montanhas sagradas. Seu papel é ambíguo: podem conceder bênçãos àqueles que honram suas moradas ou lançar desventuras sobre quem as profana.  

Em várias regiões do arquipélago, aldeões deixam oferendas à entrada das cavernas, como frutas, flores e arroz envolto em folhas de bananeira. Acredita-se que esses gestos garantem proteção e harmonia, afastando doenças e desastres naturais.  

Além das oferendas, há relatos de pessoas que receberam visões ou sonhos enigmáticos após passarem tempo dentro dessas cavernas. Xamãs interpretam tais eventos como sinais dos Diwatas, guiando aqueles que possuem missões espirituais ou advertindo sobre perigos iminentes.  

2.2 A Presença dos Ancestrais: Sussurros do Passado nas Profundezas

As cavernas filipinas também são consideradas lares das almas dos ancestrais. Em muitas culturas indígenas, acredita-se que os espíritos daqueles que partiram não desaparecem completamente, mas permanecem ligados ao mundo físico, especialmente em locais onde foram enterrados ou realizaram cerimônias sagradas.  

Em algumas cavernas, ossadas humanas foram encontradas dispostas de maneira ritualística, sugerindo práticas funerárias que remontam a séculos. Para os moradores locais, esses restos mortais não são apenas vestígios arqueológicos, mas evidências de uma presença espiritual contínua.  

Há quem relate ouvir vozes sutis ao caminhar pelas cavernas, murmúrios que ecoam nas paredes de calcário. Para os xamãs, esses sons são tentativas dos ancestrais de se comunicarem, transmitindo mensagens a quem estiver disposto a escutar. Alguns acreditam que apenas aqueles com uma ligação espiritual forte conseguem entender essas palavras.  

Diante dessas narrativas, as cavernas das Filipinas continuam a ser mais do que formações geológicas. Elas representam portais entre o passado e o presente, entre o mundo dos vivos e o reino dos espíritos, mantendo viva uma conexão que transcende o tempo.

3 Cavernas de Poder: Locais Sagrados e Seus Mistérios Inexplicáveis

Em meio às paisagens exuberantes das Filipinas, existem cavernas que desafiam explicações convencionais. Mais do que formações geológicas, esses lugares são considerados santuários místicos, onde fenômenos inexplicáveis ocorrem e forças invisíveis se fazem sentir. Algumas cavernas carregam histórias de rituais ancestrais, enquanto outras são cercadas por lendas de entidades que ainda habitam suas profundezas.  

Entre os inúmeros locais sagrados do arquipélago, três cavernas se destacam por suas características sobrenaturais e pela influência que exercem sobre aqueles que ousam explorá-las.  

3.1 Hinagdanan: A Caverna Iluminada Pela Luz das Divindades

Na ilha de Bohol, oculta sob a vegetação tropical, encontra-se a caverna de Hinagdanan, um lugar onde a luz e a escuridão se entrelaçam de maneira enigmática. Seu nome, que significa “escadaria”, vem da antiga passagem de pedra que conduz os visitantes para dentro de seu espaço subterrâneo.  

O que torna Hinagdanan única é sua iluminação natural. Feixes de luz solar penetram pelas aberturas no teto, criando um espetáculo visual que transforma o ambiente em um verdadeiro templo espiritual. Para os moradores locais, essa luz não é apenas um fenômeno natural, mas uma manifestação da presença dos Diwatas.  

Antigas crenças afirmam que a caverna já foi um local de rituais onde xamãs buscavam comunhão com as divindades da terra e da água. Seu lago subterrâneo, de águas cristalinas e temperatura constante, é considerado sagrado, sendo evitado por aqueles que temem perturbar as energias que ali residem. Muitos acreditam que mergulhar ali sem permissão pode trazer infortúnios, enquanto outros afirmam que a água possui propriedades curativas.  

3.2 Cueva de San Isidro: Portão Espiritual para os Reinos Invisíveis

No coração da ilha de Abra, a Cueva de San Isidro permanece envolta em mistério. Diferente de outras cavernas conhecidas por sua beleza natural, essa é temida e reverenciada por sua atmosfera sobrenatural.  

Lendas locais dizem que a caverna é um ponto de passagem para o mundo dos espíritos. Segundo os anciãos, aqueles que entram sem respeito podem ouvir vozes murmurando na escuridão, sentir toques invisíveis e até mesmo perder a noção do tempo.  

A caverna recebeu o nome de San Isidro devido à crença de que o santo protege aqueles que transitam entre os planos espiritual e terreno. No entanto, há registros de antigos rituais realizados ali muito antes da chegada das influências cristãs. Xamãs e curandeiros afirmam que o local ainda é um centro de poder onde é possível receber visões e mensagens dos ancestrais.  

Mesmo com esses relatos, visitantes continuam sendo atraídos para a caverna, alguns movidos pela curiosidade, outros em busca de respostas para questões espirituais. Aqueles que entram sem receio, no entanto, relatam sentir uma energia densa, como se fossem observados por olhos invisíveis.  

3.3 O Reinado Oculto de Siquijor: Cavernas e Seus Encantamentos

A ilha de Siquijor é amplamente conhecida por suas práticas de curanderismo e feitiçaria, mas poucos sabem que suas cavernas guardam alguns dos mistérios mais profundos do arquipélago. Segundo os anciãos locais, determinadas cavernas na ilha são portais para um reino oculto, onde forças espirituais ainda governam.  

Entre essas cavernas, algumas são evitadas até mesmo pelos mais experientes curandeiros. Dizem que entrar nelas sem conhecimento adequado pode resultar em desaparecimentos inexplicáveis ou em maldições que afetam gerações inteiras.  

Relatos de viajantes mencionam que, ao explorar essas cavernas, é possível ouvir cânticos distantes e ver sombras se movendo onde não deveria haver vida. Outros afirmam ter saído de lá sentindo-se diferentes, como se tivessem adquirido um conhecimento que não pode ser expresso em palavras.  

Para aqueles que conhecem os segredos da ilha, essas cavernas não são apenas espaços vazios no subsolo, mas territórios sagrados onde os encantamentos dos antigos ainda permanecem ativos. Os habitantes locais advertem que qualquer um que tente explorar esses lugares sem permissão pode acabar levando consigo algo além de simples lembranças.  

As cavernas das Filipinas são muito mais do que formações naturais. Elas são testemunhas de histórias ancestrais, moradas de forças invisíveis e portais para dimensões desconhecidas. Quem se aventura por seus corredores escuros pode sair transformado, mas nem sempre da maneira que esperava.

4 Lendas e Testemunhos: Experiências Sobrenaturais Dentro das Cavernas

As cavernas filipinas não são apenas formações geológicas imponentes; elas carregam histórias que desafiam a lógica. Lendas transmitidas por gerações e testemunhos de exploradores modernos revelam encontros com forças inexplicáveis, seres que não pertencem ao mundo humano e fenômenos que desafiam qualquer explicação racional.  

Em muitas dessas narrativas, as cavernas não são simples abrigos naturais, mas territórios de entidades que observam silenciosamente aqueles que ousam adentrar seus domínios. Essas histórias variam entre visões de criaturas místicas, vozes sussurrantes na escuridão e presenças invisíveis que deixam marcas profundas em quem se atreve a cruzar seus caminhos.  

4.1 Relatos de Encontros com Criaturas Místicas e Fenômenos Estranhos

Em diversas partes do arquipélago, há relatos de pessoas que viram figuras humanoides de pele pálida e olhos brilhantes espreitando entre as sombras das cavernas. Alguns acreditam que são Diwatas guardiões, enquanto outros temem que sejam entidades que testam a coragem dos visitantes antes de permitir sua passagem.  

Na ilha de Mindoro, pescadores contam histórias sobre uma caverna onde luzes misteriosas dançam pelo teto sem nenhuma fonte aparente. Segundo as lendas, essas luzes são manifestações espirituais ou portais que se abrem para outros reinos.  

Em Siquijor, uma das cavernas mais temidas da ilha é evitada por moradores locais devido a encontros com sombras que se movem sem qualquer fonte de luz. Alguns aventureiros relatam sentir uma presença os seguindo, mesmo estando sozinhos. Há também quem afirme ter sido tocado por mãos invisíveis ou escutado sussurros de palavras em línguas desconhecidas.  

Outro caso intrigante ocorreu em uma caverna de Palawan, onde um grupo de exploradores alegou ter visto marcas de pegadas que começavam no meio do nada e desapareciam repentinamente. Guias espirituais locais afirmam que essas pegadas pertencem a espíritos ancestrais que ainda vagam pelo local.  

4.2 Chamados das Profundezas: O Que os Xamãs Dizem Sobre as Cavernas

Para os xamãs filipinos, as cavernas são mais do que simples abrigos naturais; elas são pontos de interseção entre o mundo físico e o espiritual. Muitos afirmam que esses locais funcionam como canais de comunicação com entidades antigas, algumas benevolentes, outras imprevisíveis.  

De acordo com os curandeiros de Abra, certas cavernas ressoam como se estivessem “falando” com aqueles que sabem ouvir. Esses sons, considerados ecos comuns por céticos, são vistos pelos xamãs como mensagens dos espíritos tentando transmitir conhecimento ou avisos sobre perigos iminentes.  

Na cultura indígena dos Tagbanua, acredita-se que algumas cavernas abrigam os espíritos dos primeiros habitantes da região. Durante cerimônias especiais, xamãs entram nesses locais para buscar visões e orientações. Muitas dessas práticas envolvem cânticos, incensos naturais e oferendas deixadas à entrada das cavernas, para garantir que os espíritos permitam a comunicação.  

Os anciãos das montanhas de Luzon contam que certas cavernas não devem ser exploradas sem um propósito claro. Para eles, entrar nesses espaços sem permissão espiritual pode resultar em desorientação, perda de memória ou até doenças misteriosas. Segundo suas crenças, esses sintomas são formas de punição aplicadas pelas entidades invisíveis que ali residem.  

Esses relatos reforçam a ideia de que as cavernas filipinas não são apenas pontos turísticos ou formações naturais. Para aqueles que conhecem seus mistérios, elas representam territórios vivos, onde o passado e o presente se encontram, e onde aqueles que ousam cruzar seus domínios devem estar preparados para o desconhecido.

5 Rituais Antigos Ainda Vivos: O Papel das Cavernas na Espiritualidade Filipina Atual

Mesmo com a modernização das Filipinas, muitas tradições espirituais ainda persistem, mantendo vivas as crenças ancestrais. As cavernas, que por séculos foram templos naturais para rituais e encontros espirituais, continuam a ser pontos de conexão entre o mundo humano e o sagrado.  

Embora algumas dessas práticas sejam realizadas em segredo, devido à influência de religiões ocidentais, ainda existem comunidades que preservam cerimônias dedicadas às entidades que habitam esses espaços. Essas cavernas não são vistas apenas como formações naturais, mas como portais onde o passado e o presente se encontram.  

5.1 Celebrações e Ofertas: Como os Locais Mantêm a Tradição Viva

Muitas cavernas filipinas ainda servem como locais de celebração espiritual, onde descendentes de antigas civilizações realizam rituais para honrar os espíritos da natureza e os ancestrais. Em determinadas épocas do ano, comunidades se reúnem para fazer oferendas de frutas, arroz, flores e incensos, seguindo os costumes de seus antepassados.  

Na ilha de Palawan, membros da etnia Tagbanua realizam cerimônias dentro de cavernas para pedir proteção e bênçãos. Durante esses rituais, cânticos ancestrais ecoam pelas formações rochosas enquanto sacerdotes espirituais invocam os espíritos para manter o equilíbrio entre os mundos.  

Em Siquijor, conhecida por suas tradições místicas, as cavernas são usadas para rituais de cura. Curandeiros locais, chamados de babaylanes, utilizam ervas medicinais e entoam preces enquanto realizam banhos espirituais para afastar energias negativas. Essas práticas são passadas de geração em geração e continuam sendo procuradas até hoje.  

Mesmo entre aqueles que não participam ativamente dos rituais, há um profundo respeito por esses locais. Habitantes das vilas próximas às cavernas evitam fazer barulho ou coletar pedras e objetos do interior desses espaços, acreditando que perturbar o ambiente pode enfurecer as entidades guardiãs.  

5.2 O Perigo de Profanar os Locais Sagrados e Suas Consequências

Ao longo dos anos, houve casos de exploradores e turistas que entraram em cavernas sagradas sem respeitar seus significados espirituais. Muitas dessas histórias terminaram de forma misteriosa, com visitantes relatando sensações inexplicáveis de mal-estar, desorientação ou até mesmo desaparecimentos temporários.  

Na caverna de Hinagdanan, há relatos de pessoas que removeram pedras do local e, pouco tempo depois, enfrentaram infortúnios inesperados. Moradores acreditam que essas ações despertaram a ira dos espíritos, resultando em doenças repentinas ou azar contínuo até que o objeto fosse devolvido.  

Xamãs filipinos alertam que entrar em cavernas sagradas sem permissão espiritual pode trazer consequências sérias. Algumas crenças dizem que aqueles que desrespeitam esses lugares podem ser assombrados por sombras que os seguem, causando pesadelos e sensações de peso no corpo.  

Em Mindoro, pescadores contam a história de um grupo que ignorou os avisos dos anciãos e entrou em uma caverna proibida. Após a visita, cada um dos membros do grupo relatou visões estranhas e eventos inexplicáveis dentro de suas casas. Assustados, buscaram a ajuda de um curandeiro, que os orientou a voltar à caverna e fazer oferendas para apaziguar os espíritos.  

Esses acontecimentos reforçam a crença de que as cavernas filipinas não são apenas formações naturais, mas espaços espirituais protegidos por forças invisíveis. O respeito por esses locais continua sendo essencial para manter o equilíbrio entre os mundos, garantindo que os ensinamentos ancestrais permaneçam vivos por gerações.

6 Turismo Espiritual e a Busca por Respostas nas Cavernas Encantadas

As cavernas sagradas das Filipinas há séculos despertam fascínio, não apenas entre os habitantes locais, mas também entre viajantes em busca de experiências além do comum. O turismo espiritual tem crescido no arquipélago, atraindo aqueles que desejam se conectar com forças desconhecidas, desvendar mistérios ancestrais ou simplesmente sentir a energia única desses locais enigmáticos.  

Para alguns, essas cavernas são lugares de renovação espiritual. Para outros, são desafios que testam a coragem e a percepção da realidade. O que poucos contestam, no entanto, é que a atmosfera dessas formações subterrâneas é diferente de qualquer outro lugar, envolvendo cada visitante em uma aura de mistério e respeito.  

6.1 Exploradores em Busca do Desconhecido: Viagens Além do Comum

Diferente do turismo convencional, a jornada pelos santuários subterrâneos das Filipinas não é apenas uma questão de aventura. Muitos que se aventuram nesses espaços estão à procura de algo além do que os olhos podem ver.  

Algumas cavernas, como a Cueva de San Isidro, são visitadas por aqueles que buscam sinais do mundo espiritual. Relatos de viajantes descrevem experiências incomuns, desde sensações de serem observados até momentos de introspecção profunda que mudaram sua forma de enxergar a vida.  

Em Siquijor, onde as crenças místicas ainda estão vivas, exploradores espirituais vão até cavernas específicas para receber bênçãos de curandeiros locais. Diz-se que certos rituais realizados nesses lugares podem ajudar a dissipar energias negativas e trazer clareza sobre questões pessoais.  

Mesmo aqueles que não possuem crenças espirituais relatam sensações estranhas ao entrar nesses locais. Alguns descrevem mudanças repentinas na temperatura, ecos inexplicáveis e a sensação de que a caverna tem uma “presença”. Essas experiências reforçam a ideia de que essas formações não são apenas pedaços de rocha esculpidos pelo tempo, mas sim espaços que guardam histórias e segredos ainda não compreendidos.  

6.2 Ética e Respeito: Como Visitar sem Perturbar o Mundo dos Espíritos

A busca pelo desconhecido, no entanto, exige responsabilidade. Muitas dessas cavernas são consideradas sagradas, e aqueles que as visitam devem seguir regras para evitar desrespeitar as entidades que, segundo as crenças locais, ainda as habitam.  

Guias espirituais e xamãs alertam que não se deve entrar em uma caverna sagrada sem pedir permissão. Algumas comunidades realizam pequenos rituais antes de permitir a entrada de visitantes, oferecendo incenso ou orações para garantir que a presença humana não perturbe o equilíbrio energético do local.  

Outra recomendação essencial é nunca remover nada da caverna. Existem histórias de turistas que levaram pedras ou pequenos artefatos como lembrança e, posteriormente, enfrentaram uma série de infortúnios. Em várias dessas situações, a única solução encontrada foi devolver o objeto ao local de onde foi retirado.  

O silêncio e o respeito são fundamentais. Falar alto, fazer brincadeiras desrespeitosas ou demonstrar ceticismo de forma debochada pode ser interpretado como uma afronta aos espíritos. Moradores locais relatam casos de visitantes que entraram rindo e saíram sentindo-se estranhamente exaustos ou emocionalmente perturbados.  

Além do aspecto espiritual, há também a importância da preservação ambiental. Muitas dessas cavernas contêm formações rochosas delicadas e ecossistemas frágeis que podem ser danificados por ações irresponsáveis. Manter esses locais intactos não é apenas uma questão de respeito às tradições, mas também uma forma de garantir que futuras gerações possam continuar a explorar e aprender com esses lugares.  

Para aqueles que desejam conhecer as cavernas encantadas das Filipinas, a chave está em equilibrar curiosidade com reverência. São locais que oferecem respostas para aqueles que sabem ouvir, mas exigem que cada visitante compreenda que está pisando em territórios que pertencem tanto ao mundo dos humanos quanto ao reino dos espíritos.

7 A Conexão Perdida Entre Humanos e o Sagrado: Lições das Cavernas Místicas

O mundo moderno avança em velocidade implacável, afastando a humanidade das tradições que por séculos moldaram sua relação com o sagrado. Entre o ruído das cidades e o brilho das telas, antigos ensinamentos são esquecidos, e a percepção do invisível se torna cada vez mais rara. No entanto, para aqueles que buscam respostas além do que é tangível, as cavernas místicas das Filipinas ainda sussurram verdades ancestrais.  

Esses espaços subterrâneos não são apenas formações naturais; são testemunhas silenciosas de rituais, crenças e encontros entre humanos e forças espirituais. Quem adentra suas profundezas não apenas pisa em solo milenar, mas cruza um limiar entre realidades, onde a sabedoria dos antigos ainda ressoa.  

7.1 O Que a Cultura Moderna Pode Aprender com a Sabedoria Ancestral

O distanciamento da humanidade em relação ao espiritual não significa que os ensinamentos do passado perderam valor. Pelo contrário, as tradições preservadas pelos povos indígenas das Filipinas oferecem lições atemporais sobre equilíbrio, respeito e conexão com o mundo ao nosso redor.  

As antigas crenças filipinas ensinam que tudo na natureza tem espírito. Montanhas, rios, árvores e cavernas não são apenas paisagens, mas seres vivos com energias próprias. Esse entendimento impõe responsabilidade sobre aqueles que interagem com esses espaços, lembrando que a natureza não deve ser explorada sem consciência, mas respeitada como um sistema interligado.  

A cultura ocidental frequentemente busca o autoconhecimento em livros e teorias modernas, mas os povos ancestrais encontravam respostas na própria terra. Meditar dentro de uma caverna, longe das distrações, permitia que os indivíduos se reconectassem com sua essência. O silêncio dessas formações naturais não é vazio, mas um campo onde os pensamentos se tornam mais claros e os sentidos despertam para realidades invisíveis.  

Outro ensinamento perdido ao longo dos séculos é o poder da intuição. Os xamãs e anciãos das Filipinas acreditam que o ser humano tem a capacidade de sentir o que não pode ser explicado racionalmente. Muitas vezes, essa sensibilidade é sufocada pela vida moderna, mas pode ser resgatada ao entrar em contato com locais sagrados, onde a presença espiritual é mais forte.  

7.2 As Cavernas Como Portais Espirituais: O Chamado para Quem Ousa Escutar

As cavernas filipinas sempre foram vistas como pontos de transição entre mundos. Não apenas no sentido físico, mas como passagens para estados ampliados de consciência. Muitas lendas afirmam que aqueles que entram nesses locais com o coração aberto podem receber visões, mensagens e até mesmo encontros com entidades espirituais.  

Histórias de xamãs relatam que, em certas cavernas, é possível ouvir vozes sussurrando antigas verdades. Essas experiências não são vistas como meras alucinações, mas como comunicações diretas dos diwatas ou dos espíritos ancestrais. Algumas pessoas saem dessas cavernas transformadas, carregando consigo uma nova perspectiva sobre sua jornada na Terra.  

O chamado das cavernas não é para qualquer um. Ele ressoa apenas para aqueles que têm coragem de olhar além do que os olhos podem ver e de escutar além do que os ouvidos podem captar. A busca pelo espiritual não está nos templos construídos pelo homem, mas na essência bruta da natureza, onde o tempo não apagou os vestígios do sagrado.  

No coração dessas cavernas, onde a escuridão se mistura ao silêncio, ainda há segredos esperando para serem compreendidos. Para aqueles que ousam entrar, não há garantias de respostas fáceis, apenas a certeza de que sairão diferentes. Pois, ao caminhar por esses corredores ancestrais, o passado se torna presente, e o mundo invisível se revela para quem souber enxergar.

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